A Esperança

Não sou mais quem eu achava que eu era
Não penso mais no que eu pensava
Não acredito mais no que eu acreditava
Mas ainda sei que penso e acredito no que me faz bem

Não vejo mais o que eu via
Não escuto mais o que escutava
Não sinto mais o que sentia
Mas ainda sei que vejo, escuto e sinto o que para mim fizer bem

Não acredito mais nas pessoas
Não acredito mais no amor
Não acredito mais na fé
Mas ainda sei que ter fé no amor e amor pelas pessoas faz bem para mim

Não sei mais o que é vida
Não sei mais o que é morte
Não sei mais ter esperança
Só sei que a esperança pela morte me faz ter vida...
e a VIDA me faz bem.

O transito

Bom, me desculpem o tempo sem postar, mas anda difícil eu criar tempo para isso... Eu falarei sobre o transito de São Paulo, que afinal é minha cidade e onde tenho mais familiaridade, mas sei que a situação não é diferente na maioria das grandes cidades do país.

Hoje (30/06/2008) ouvindo a rádio Jovem Pam AM, a principal manchete era a seguinte: “Caminhoneiros protestam na Avenida Paulista contra o rodízio de caminhões em São Paulo.” Bom, o prefeito Gilberto Kassab fez uma lei que proíbe grandes caminhões de circular em São Paulo nos horários comerciais e os pequenos caminhões (os VUC’s) de andarem em rodízio, placa par num dia e impar no outro.

Para felicidade dos motoristas, o transito irá melhorar um pouco, ou seja, de 4 horas perdidas em média por dia, provável que vá para 3 horas, e do recorde de 266 km de congestionamento, caia para uns 200 km ou 150 km. Agora pergunto a vocês motoristas, o quanto isso está afetando a vocês? E o que é necessário se fazer para realmente melhorar o transito da cidade? Se vocês não souberem responder, leiam essas 5 dicas para ajudar a melhorar o transito, isso se você não estiver preso no transito da Marginal, da Paulista, da 23 de Maio...

Em primeiro lugar, isso é uma medida PALEATIVA, ou seja não afeta a causa principal do problema, que seria tirar carros das ruas, mas não proibindo, multando ou fazendo rodízios, e sim dando condições das pessoas usarem o transporte público ou transportes alternativos, como a bicicleta.

Em segundo lugar, oferecer um transporte público descente e que atinja a toda a população. O “Metro”, por exemplo, é um ótimo exemplo de como se fazer transporte público de qualidade para todos, porém atinge poucas partes da cidade e mesmo assim já apresenta superlotação no horário de pico. Os ônibus são uns lixões ambulantes, que atrapalham muito mais do que ajudam o transito, existem linhas que definitivamente não deveriam mais existir, pois faz o mesmo caminho que o metro ou trem ou até outra linha de ônibus. O lobby das empresas de ônibus é muito forte o que dificulta o ajuste disso, porém irei comentar sobre isso em outro post.

Em terceiro lugar, buscar alternativas de transportes, como por exemplo, a bicicleta ou até a caminhada, isso ajudaria muito a melhorar o nível de vida das pessoas, pois praticariam um esporte e até o nível de vida do planeta, com menos poluição no ar. Mas para isso é necessário uma readequação de vias públicas e até de prédios executivos e de indústrias, com estas oferecendo espaços certos para se guardar as bicicletas e com vestiários e banheiros para se guardar as roupas, mochilas e toalhas que os empregados usarem. Outra boa medida seria também oferecer horários alternativos aos empregados, assim evitando a “hora do rush”.

Em quarto lugar, preparar todo um plano para reestruturar a engenharia viária da cidade, começando a pensar nos problemas menores de infra-estrutura, como por exemplo, sinalização, avisos, bolsões de estacionamento ligados a terminais de ônibus e metro, espaços destinados a embarque e desembarque, passarelas e talvez o principal, cuidar para que toda essa infra-estrutura não vire sucata. Oras, não é preciso ser nenhum engenheiro (e nosso prefeito o é), para que essas medidas sejam tomadas, e o principal não é necessário um grande gasto também, e isso pode ser feito hoje, já ajudaria muito o trânsito.

Em quinto e ultimo lugar, CONSCIENTIZAÇÃO E EDUCAÇÃO, sempre essas duas palavras que parece que não existe no dicionário do nosso português. Conscientizar os responsáveis pelo transporte público a oferecer serviços melhores, conscientizar o motorista que acha que os outros são os culpados pelo transito, não ele que tem que usar o carro para poder ir ao seu trabalho, coitadinho. Educar a todos para pensar um pouco pelo coletivo e a usar bem o transporte público e principalmente, educar o asno do motorista para pensar um pouco e cobrar iniciativa do poder público, apesar de que essa última eu acho difícil, afinal o motorista está dentro do seu carro sozinho, ouvido o som do seu carro, com seu vidro escuro, metendo a mão na buzina pro carro da frente que não andou os 2 metros que o carro da frente andou no transito de uma grande avenida de São Paulo, e que ao mesmo tempo comemora a medida de nosso prefeito, que pensa bem no motorista, afinal é ano eleitoral.

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Essas 5 medidas são apenas algumas que poderiam ser tomadas, existem tantas outras que podem ser feitas também, espero que quem ler isso me fale sobre essas outras, o espaço está aberto para isso. Falarei mais sobre esse tema em algum outro post.