27 de set. de 2008

E agora Brasil?

Interessante como as coisas acontecem no mundo. No mesmo dia que postei o artigo abaixo, o presidente do Equador, Rafael Correa, mandou o exército invadir uma usina construída e mantida pela Odebrecht, que é uma empresa particular brasileira. Para complicar a coisa, esta usina foi construída com financiamento do BNDS, ou seja, dinheiro do governo brasileiro. O Equador tem planos de não pagar esse financiamento.
Bom, ai está um resumo do acontecido. Para quem não leu meu outro artigo, leia, porque este é quase um complemento do que falei naquele.
O Brasil agora tem o dever de se mostrar como o líder da região. Esse acontecimento só mostra que não será fácil ser o líder, que com o enfraquecimento americano e o fortalecimento brasileiro, os outros países da região começarão a atacar o Brasil de imperialista. O mais interessante disso é que o Brasil hoje usa o discurso que os americanos sempre usaram, o qual tudo que fazemos pelos nossos vizinhos é para eles crescerem também.
Na verdade, o Brasil precisa agora tem a faca e o queijo na mão, nenhum outro país da América, fora os EUA, tem a força que conquistamos, nossas instituições estão fortes como nunca estiveram antes, nossas empresas estão crescendo e presentes em todos esses países, todos os países da América do Sul tem algum tipo de divida para o Brasil, ou seja, nenhum país da América Latina, sozinho, pode interferir nesse poderio.
Porém é necessário o Brasil abrir os olhos para outras potências que querem interferir aqui, como a Rússia, por exemplo, que eu já tinha falado no artigo anterior está se aliançando a Venezuela, que, alias, é o maior problema do Brasil no momento.
Hugo Chávez vem fazendo uma política muito interessante é um populismo diferente do que estávamos acostumados a ver na América Latina, a qual era nacionalista, Hugo Chaves utiliza algumas premissas do comunismo, como por exemplo, a sua idéia de Internacionalidade. Chávez está influenciando aos poucos alguns países da América Latina, tais como a Bolívia, Paraguai e o Equador.
A questão com o Equador não é só contra o Equador, é contra esta política de Chávez, e não é só isso, é contra essa entrada da Rússia na política da América Latina. É por isso que o Brasil não pode deixar de agir agora, quando outros países fortes da América Latina também não vêm com bons olhos essa entrada da Rússia e essa política de Chávez.
A questão com o Equador é uma pequena parte do grande problema que virá se o Brasil cruzar os braços, como eu disse, o Brasil tem agora a faca e o queijo na mão e se souber o que fazer com isso, terá um bom futuro pela frente, senão teremos que usar o queijo para cortar a faca mais uma vez...

24 de set. de 2008

Uma nova guerra? Um novo Brasil?

Cena 1: Uma grande crise econômica assola os EUA
Cena 2: Uma ex-grande potencia quer tirar esse “ex” da frente do “grande”
Cena 3: Essa ex-grande potência ataca um país do Leste Europeu
Cena 4: Essa grande ex-potencia e um país com governo populista faz movimentações militares no quintal dos EUA
Cena5: Todos países que poderiam fazer algo estão paralisados esperando ver o que acontecerá com a crise econômica dos EUA.

Ola gente, bom já comecei enumerando 5 fatos que estão acontecendo ultimamente no mundo, a crise econômica é assunto constante na mídia até por isso não irei me alongar muito, esta grande ex-potencia é nada mais nada menos que a Rússia, o páis atacado foi a Geórgia e o país populista é a Venezuela e todos os outros países que poderiam fazer algo são as novas potencias regionais tais como: China, Índia, França, Alemanha, Inglaterra e quem diria e não é piada o Brasil.
O interessante desses 5 fatos é que, antes da II Guerra Mundial acontecer, fatos parecidos ocorriam, vamos a eles.

Cena 1: Crise econômica de 1929, a grande depressão que atingiu todo o mundo, tendo como a maior das conseqüências um certo nanico louco chamado Hitler.
Cena 2: A ex-grande potencia nessa época era a Alemanha Nazista.
Cena 3: O país atacado era a Polônia.
Cena 4: A Alemanha navegava tranquilamente pelo Oceano Atlântico e fazia a cabeça de Getulio Vargas, Perón...
Cena 5: Todos países que poderiam fazer frente a Alemanha estavam ou quebrados economicamente, pela I Guerra Mundial ou por revoluções comunistas. (Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia)

Vamos a discussão... Não quero dizer que haverá uma III Guerra Mundial, até porque ocorreram muito mais coisas para se chegar a II Guerra Mundial. O que quero mostrar é que estão ocorrendo coisas parecidas e ninguém está dando importância a isso, até porque a crise econômica pode crescer de uma maneira praticamente incontrolável, coisa parecida com a de 1929.
Porém, não se pode fechar os olhos para a ofensiva russa, tanto na Europa quanto na América Latina. A Rússia se encontra numa posição cômoda, pois grande parte do petróleo usado na Europa vem deles, e como sabem os russos, os europeus dependem muito dele, assim os russos por mais de uma vez ameaçou os países europeus de corte de fornecimento. A Europa, que está passando por uma recessão, não quer bater de frente com a Rússia não só pelo petróleo, mas pelo medo de uma nova guerra.
Os EUA estão com muitos problemas para serem resolvidos, porém ainda se mantém no topo do mundo, tanto que quando os americanos engrossaram a voz os russos saíram da Geórgia. Porém, os russos juntos com os venezuelanos estão fazendo vários testes militares em pleno caribe. Em outros tempos (Guerra Fria) isso era motivo de ataque militar à Venezuela e medo para o resto do mundo de uma guerra nuclear. Porém os tempos são outros.
Nesse ponto é que entra a importância do Brasil, considerado uma das novas potências do mundo (por incrível que pareça), o Brasil tem metade do território e mais da metade do PIB da América do Sul, nenhum outro país da América Latina se compara ao Brasil.
No momento que um país que está do outro lado do mundo vem aqui no quintal brasileiro fazer operações militares com seu vizinho é porque realmente tem algo de errado acontecendo. O Brasil já deveria ter tomado uma atitude, nem que seja um pronunciamento ou até uma aliança com os países europeus, afinal é isso que se espera de uma potência, atitude.
O fato é que pela primeira vez na história o Brasil começa a andar sozinho e isso é complicado para um país que sempre teve um tutor e ainda mais complicado pela situação atual do mundo, em que qualquer atitude pode sim acarretar numa guerra. Porém como já disse acima o que se espera de uma potência é atitude e só com isso o Brasil vai provar seu crescimento e não precisará de mais um tutor para crescer.